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De Minas ao Pilar: a História de D. Odet

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De Minas ao Pilar: a História de D. Odet

Sou Odete. Nasci em uma família humilde, no interior de Minas Gerais, em Carangola; sendo a terceira de sete irmãos.

Aos cinco anos comecei a acompanhar papai e meus irmãos mais velhos no trabalho da roça. Logo recebi meu primeiro “livro”: uma enxadinha feita por papai, especialmente para mim, adequada ao meu tamanho.

Naquele tempo mulher não precisava estudar. Além do mais, a escola era muito distante. Por isso, só aprendi, na infância, a assinar meu nome, com o auxílio de uma vizinha.

Desde pequenos, papai nos ensinou a ser católicos. Aos Domingos assistíamos a missa, só depois podíamos brincar.

Recordo-me de um fato que agora acho muito engraçado, mas que na hora foi um baita susto! Eu e meus irmãos estávamos colhendo café com nossa mãe; de repente, apareceu uma cobra “chocalho”. Foi a maior correria: nós à frente e ela atrás. No meio da confusão, papai apareceu procurando saber o que estava acontecendo. Minha mãe gritava de um lado, eu e meus irmãos de outro. No meio daquela gritaria, papai avistou a cobra. Ele pediu para que nos afastássemos, então começamos a ouvir uma oração: a oração de São Bento.

De longe, ainda tremendo de medo, vimos uma cena muito estranha: enquanto papai rezava, a cobra ia se afastando aos poucos, até sumir completamente. Depois do acontecido, chorávamos e ríamos ao mesmo tempo.

Na minha adolescência comecei a frequentar as festas promovidas pelos vizinhos. Nessas festas, meus irmãos costumavam tocar violão e sanfona, ao mesmo tempo, me vigiavam: eu só podia dançar com quem eles deixassem.

Quando chegávamos dos bailes, nem descansávamos, íamos direto para a roça trabalhar.

Meu único namorado foi escolhido por papai. O namoro, naquela época, era bem diferente de hoje. Eu de um lado, meu namorado do outro, e papai bem no meio; além de meus irmãos por perto – é claro, sempre vigiando...

Casei-me. Eu e meu marido continuamos trabalhando na roça por um tempo. Aos vinte e...

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