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Nasci em São Paulo e amo minha cidade. Desde sempre conheci de perto seus lugares históricos e marcantes, conduzida pelos antigos ônibus CMTC, em companhia de meus pais e irmãos.

Tornei-me médica e há 14 anos dedico-me à população das periferias de São Paulo. Realizei muitas viagens de ônibus em diferentes regiões da cidade, com Jaçanã, Cidade Tiradentes, São Mateus, Campo Limpo, Capão Redondo, Grajaú, Centro. Como apreciadora do cotidiano, sempre contemplei cada minuto dentro de um coletivo, observando lugares, pessoas, situações.

Tantas viagens de ônibus resultaram em uma enxurrada de informações, que foram sintetizadas em uma poesia feita durante essas jornadas paulistanas, "CORREDOR URBANO".

"CORREDOR URBANO" descreve a essência do fluxo das artérias e veias de nossa grande metrópole.

CORREDOR URBANO

Entra, fica em pé e senta

Sai, levanta e ajeita

Vai pedir licença

Faz a gentileza

Que não tá moleza levar isso não

Anda, corre, anda, para

No ponto mais gente entra

Gente sai indo na correnteza

Tanta pressa

Tanta coisa faz passar

Entra o artista

Toca a sanfona e a viola

Faz a sua festa

Necessito da sua ajuda

Para o meu CD gravar

Desce o artista

Entra o poeta declarando

Seu amor em poesias

Colaborem

Para o meu livro publicar

Desce o poeta

Entra o rapaz com chocolate, doce

Bala e chiclete

Amendoim salgado

Para a fome do trabalhador passar

Desce amendoim e doce

E sobe o coitado

Que sofre da vista

Do rim, do joelho, é pai de família

Mas como sustentar?

A cidade passa rápido

E lentamente

Apertado e às vezes

Mais dignamente

Senta, que não tá moleza carregar

Anda, corre, anda, para

Vê se dá licença

Por favor, me dá licença

Motorista, não esquece

Que meu ponto vai passar...

OBS.: Essa poesia virou música, e envio um áudio referente a uma pequena gravação feita em casa mesmo, na companhia do meu violão...

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