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História

Cor da infância

Esta história contém:

Cor da infância

Não é constante essa prática em mim, lembrar ou tentar buscar memórias guardadas... perdidas. Nunca parei e pensei "hoje vou pensar o passado", pelo menos não me recordo, talvez o problema não seja a prática em si (de pensar em pensar lembrar), mas sim, o de esquecer as coisas imbricadas nas histórias já vividas. Pois quando penso em minha primeira memória, uma cor só me vem num tom: a cor da infância. E ainda nessa tarefa de escarafunchar, dentre muitas imagens, é-me familiar e tão somente uma lembrança, até parece um curta-metragem de fotos em movimentos: lembro de uma criança, magrinha, de braços, canelas e cabelos finos e pretos espalhados em toda a cabeça, quando digo em toda a cabeça digo em toda a cara, pois em minha meninice até cabelos no rosto tinha, parecia um maquinho cheio de pelo e de luz nos olhos igualmente pretos. Nessa época, contava com seis ou sete anos, pela primeira vez, depois de tanto tempo almejar, aprenderia me equilibrar em cima de uma bicicleta e finalmente sentir o gostoso do vento bater na cara, para depois assoprar meus cabelos. Era dia de sol, pela quantidade de gente que havia na rua, julgo ser um final de semana, portanto, o público estava a postos e eu, menino franzino, peralta e vívido, começava sentir a boca ficar seca e o gelo na boca da barriga me tomar, as pernas bambearem e minhas mãos pequeninas, provavelmente deviam estar gélidas ou molhadas, era muita pressão imaginar que ali estava eu com minha magrela bike (dos Cavaleiros do Zodíaco) prontos para uma jornada juntos e com muitos espectadores, lembro que apesar do sol quente beliscando minha pele, estava focado em uma única tarefa, a de subir e começar logo tudo aquilo, então subi na bicicleta, ajeitei meu corpo e pedalei afobado, querendo sentir apressado como era estar lá em cima, o coração latente apertava a respiração que deixava meu nariz ardente e de repente me recordo de quase bater em um carro parado, de cair, de ficar...

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