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Por: Museu da Pessoa, 2 de maio de 2012

Com açúcar, com afeto

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Com açúcar, com afeto

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Foi agora que eu entrei pra esse grupo de mulheres, que tivemos curso pra aprender a fazer doces, montar nosso negócio, vender e estamos nessa luta. Ainda está no começo, mas o que eu penso é trabalhar pra dar conta das nossas coisas mesmo, eu queria poder focar a minha vida nesse projeto, de fazer doces. Arrumar a minha casa. Porque minha vida foi sempre na roça, minha casa foi sempre simples. Na infância, a minha casa era simples. Nós somos de uma família simples. E vivia tudo junto na mesma casa, mas minha mãe trabalhava muito pra poder conseguir levar a vida. Deu estudo até onde ela pôde dar. Meu pai também era bem duro. Ele cortava cana na lavoura e pescava. Duas profissões. Ele pescava muito. Minha mãe também ia pra oito filhos. Onde nós morávamos em Graúna era uma localidade distante, de nome Boa Vista. Eu gostava de estudar. Mas tive que parar de estudar depois que eu passei da quarta porque, como a vida era tão dura, não dava pra dar estudo, descer cá pra baixo, pagar ônibus pra poder vir. Ficava distante também pra nós. Minha mãe trabalhava e não confiava em deixar menina sair sozinha. Aí paramos. Eu não fiquei chateada porque sabia que eles não tinham condições. Eles não tinham condições de levar, que eram oito filhos. Não ia dar conta de trabalhar pra comer, pra vestir e pra manter escola. Aí tivemos que parar. Eu fui pra roça mais ou menos com quinze anos. Eu mesma gostava de trabalhar, sair acompanhando minha mãe e poder aprender alguma coisa, que, antigamente, a única coisa que tínhamos pra fazer era aquilo. Corte bastante cana. Diversão mesmo era a igreja, que íamos desde novinhos. Assembleia de Deus. Fomos praticamente criados lá dentro. Tinha música, pessoas. Nunca saí da igreja. Se não fôssemos pra igreja, não íamos pra lugar algum. Aí eu casei com dezoito anos. Antes de eu engravidar, eu trabalhei bastante. Trabalhei algumas vezes na casa de família, trabalhei cortando cana. De...

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Projeto Mulheres Empreendedoras Chevron

Depoimento de Andreia Souza de Oliveira Rosário

Entrevistada por Rosana Miziara

Itapemirim, 2 de maio de 2012

Realização Museu da Pessoa

Código: MEC_HV010

Transcrito por Ana Paula Corazza Kovacevich

Revisado por Joice Yumi Matsunaga

P/1 – Você pode começar falando seu nome, local e data de nascimento.

R – Meu nome é Andreia Souza de Oliveira Rosário. Moro na localidade de Graúna. Sou nascida no dia 7 de fevereiro [abril?] de 1975.

P/1 – E seus pais são de Graúna?

R – São de Graúna.

P/1 – Os dois nasceram lá?

R – Não sei… Não. Não nasceram em Graúna, não. Um é de Cachoeira, o meu pai é de Cachoeira. A minha mãe... Ela nasceu... Esqueci o lugar em que ela nasceu. Mas ela não nasceu em Graúna, não. Ela é campista, a minha mãe. Ela nasceu em Campos.

P/1 – No Rio de Janeiro?

R – É. Nasceu lá.

P/1 – E seu pai nasceu em Cachoeira?

R – Nasceu em Cachoeira.

P/1 – Terra de Roberto Carlos.

R – É.

P/1 – E como é que seu pai e sua mãe se conheceram?

R – Depois, ele foi... Ele era ainda criança, ela falou que os pais dele se separaram, a mãe foi embora pro Rio. Aí, deram ele pra outras pessoas, adotaram ele. Dali ele saiu assim, aí veio.... Não sei como se conheceram direitinho, o local exatamente em que eles se conheceram, mas eles... Parece que foi... Ele conheceu, acho que, a família do meu avô. Que até chegou até minha mãe. Aí se conheceram, casaram…

P/1 – Seus avós também são campistas?

R – É. Meus avós são campistas, todos campistas.

P/1 – Como é que eles vieram pra cá?

R – A minha avó é campista, o meu avô é mineiro. O meu avô era mineiro. Eu não sei, assim, como eles vieram, não tem como saber... Eles são todos mortos. Não deu tempo de perguntar. E foi assim, só sei que se conheceram…

P/1 – O que que seu pai fazia?

R – Meu pai, ele cortava cana, lavoura, pescava. Duas profissões. Ele pescava muito. Há...

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