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Na casa velha azul de madeira, lembro de rodear minha bisavó enquanto ela fazia puxa-puxas e merengues. A mesinha que ela arrumava para me servir, com seus bules alouçados, o chá de folha de bergamota ou cidró, os biscoitos com geléia de goiaba ou figo feitos por ela.

O cheiro das flores no pessegueiro e dos figos maduros no pátio, uma casa mágica (para uma criança) com sótão e porão.

Da vizinha, Dona Frida, vinham diversos aromas. A casa parecia uma ilha no meio de tanto verde. Rosas, cravos, bocas-de–leão, limoeiros, parreiras, as ameixeiras nas quais subíamos e cada um tinha o seu galho.

Lembro do quarto da vó com cheiro forte da madeira dos móveis antigos, o perfume “Madeiras do Oriente” e a Água de Colônia do meu avô no toucador. Ia dormir com ela e sentia o cheiro da pasta de dente após ela escová-los. O máximo pra mim era quando ela resolvia fazer uvada e suco de uva, fora os figos cristalizados que às vezes ela guardava em cima do armário e eu roubava.

Quando viajava pra Porto Alegre, ia visitar minha outra avó. No apartamento dela sempre tinha um aroma de perfume . Sem contar o cheiro das cocadas (que eu amava) e o pudim de leite condensado. Íamos ao parque e à noite eu dormia de mãos dadas com ela ouvindo estórias e aprendendo a rezar "Santo Anjo".

Na casa da minha Tia Avó: o violino do Vô Luis, o piano da Lais; gatos, cachorros, galinhas e muitos pombos. Árvores frutíferas e uma pequena horta. As famosas bacias de pipoca que minhas primas faziam e eu ia dormir com elas lendo Gibi da Mônica. De manhã, gostava de tomar café com pão e tomate. Lá também ouvia Secos e Molhados.

Não posso esquecer da minha Avó Torta , desta eu tenho vários lugares pra me lembrar. A casa em Canela, com o fogão a lenha, os pinhões, o chocolate, as grinfas de pinheiro pra acender o fogo. A Malharia com suas lãs e linhas coloridas, o cheiro das roupas. As Amoreiras com o açude os pinheiros (altos, que não tinham fim) e a grande...

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