Batendo metas de consumo elétrico

P1: Boa tarde.

R: Boa tarde.

P1: Pra começar eu queria que você dissesse seu nome completo, data e local de nascimento.

R: Meu nome é Gilberto Lucas de Oliveira, é, eu nasci 17 de julho de 81. E?

P1:Local, de nascimento.

R: Eu nasci em Itaúna.

P1: Itaúna? E qual que é a sua função aqui na Ambev, Gilberto?

R: Minha função é, eu estou na parte de elétrica da Ambev. Venho a pouco tempo, eu trabalhava na operação. E a pouco tempo eu estou na parte elétrica junto com os eletricistas da Ambev.

P1: E como é o seu cotidiano de trabalho? Você cuida de toda a parte de instalação elétrica da fábrica?

R: Não, eu cuido da parte de energia elétrica e índice de energia.

P1: Ah, e como é isso?

R: É o consumo, que a gente consumiu durante o mês, é dividido pela produção que a gente tem que é refrigerante e cerveja. Daí a gente tem o índice da fabrica, isso é controlado dia a dia e esta na minha responsabilidade. Desde que eu vim pra cá, é eu que cuido dessa parte.

P1: Qual é o índice da fábrica? Como é que é?

R: Hoje a gente tem o índice do mês passado que fechou em 7 e 64,. a nossa meta era 7 e 80, então a gente já bateu a meta. Tema meta da SEMIG, a SEMIG estipula pra gente uma meta, essa meta ainda não veio, é, essa meta, quando vier, a gente vai comparar pra fazer, mas geralmente a nossa da melhor ainda.

P1: Ah, entendi. Então, é, pra que se bata a meta precisa, qual são as, o que você faz pra que as metas sejam cumpridas?

R: Olha, eu em conjunto com o pessoal, a gente têm que cuidar, é, do consumo de energia. Toda aquela energia que esta sendo gasta sem necessidade, a gente tende a cortar ela. Então, quer dizer, cortar os custos mesmo e produção cada vez mais, porque quanto mais a gente produzir e menos a gente gastar, melhor vai ser o nosso índice. Aí a gente bate nessa tecla sempre pra economizar energia.

P1: Certo, e, ah, juntamente com essa questão do consumo de energia, a Ambev tem uma preocupação muito grande com a gestão ambiental, né?

R: Isso.

P1: Ah, o que que você pode falar pra gente sobre esse aspecto?

R: Nessa parte de energia elétrica, pro exemplo, é, eu não estou muito ligado a parte de gestão ambiental a não ser pelo consumo, que a gente já controla. Mas eu já venho, igual eu te falei, da outra área que eu trabalha na operação, então parte de, de gestão ambiental que seria cuidar mesmo da nossa água, né, os afluentes que a gente trata aqui, a gente tinha um controle muito grande também dos afluentes mandados pra ________, pra descarte e esse tipo de coisa, pra gente cuidar do nosso meio ambiente.

P1: E existe também uma política no sentido de reciclagem, de coleta seletiva...

R: Existe, existe. Tem coleta seletiva na fábrica, ah, que funciona bem, eu acho. A gente geralmente esta fazendo na nossa área a gente faz uma avaliaçãozinha e vê sempre como é que ta. E sempre a coleta esta direitinho. Que seria o papel, o plástico, né? O lixo comum, é, então a gente esta sempre controlando isso também.

P1: Ah, e você sabe quais sãoos produtos que estão sendo fabricados aqui na filial Mina?

R: Bem, você fala de marcas, de produtos?

P1: de marcas, isso.

R: Bem, de refrigerante eu sei que não fabrica, a gente só envasa, né? A marca Sukita, Pepsi, é, Guaraná Antarctica e Soda, e acho que todos os refrigerantes daqui.

P1: Já a cerveja é produzida aqui mesmo?

R: Já a cerveja é produzida aqui mesmo. A gente faz a Skol, Brahma, Antarctica, Karaku e às vezes a gente manda também, mas não é sempre, mas faz a original.

P1: Ah...

R: Que é a Antarctica original.

P1: E como consumidor qual que é o seu produto preferido da Ambev?

R: Ah, eu acho que o meu, o meu, opinião, acho que é a opinião nacional, né, que é a Skol como cerveja, e o guaraná Antarctica como refrigerante.

P1: E a fábrica aqui, ela abastece todo o Estado, parte do Estado de Minas, mais que o Estado de Minas?

R: Não sei te falar. Essa questão de onde ela abastece eu não sei.

P1: Ah, certo. E você está aqui desde quando aqui na Ambev?

R: Tem.. vai fazer um ano que eu estou como funcionário próprio. Porque eu era funcionário terceiro, é, e fui contratado para trabalhar na Ambev. E acho até que meu crescimento foi rápido, porque de terceiro eu fui funcionário e de funcionário eu já passei a técnico. Então, em um ano o meu crescimento foi razoável, né?

P1: E nesse seu um ano aqui, qual foi um desafio que você tenha se, sabe, se deparado, e que tenha te marcado de alguma forma dentro da sua trajetória aqui dentro?

R: Eu acho que a minha trajetória na Ambev foi só desafios. E quando eu entrei, tinha uma máquina que poucos sabiam operar, e dessa máquina, ninguém nunca tinha começado por ela. Foi lançado o desafio: “Você vai ser o operador dessa máquina”. Aí eu comecei a treinar com o operador no momento, ele adoeceu com três a quatro dias de treinamento ele adoeceu, e eu fiquei no lugar dele. Aí eu passei um final de semana inteiro operando essa máquina, na verdade eram duas máquinas, elas se chamavam centrífugas, que é a máquina que retira o fermento da cerveja. Aí eu operei essa maquinas e desde então eu fiquei sendo o operador da máquina. O rapaz quando voltou ele ficou comigo um tempo pra ver se estava tudo ok e já desviaram ele de função e me deixaram nessa máquina. Aí eu trabalhei alguns meses, né, até surgir essa oportunidade e eu saí por isso da área. Mas essa foi uma das...

P1: Desafios...

R: Desafios. O outro desafio que eu acho, foi justamente eu sair da área de operação pra essa área de elétrica. Eu fiz o curso, eu fiz o curso do Senai, mas nunca tinha trabalhado na área. Então assim, pra mim era uma coisa totalmente nova outra vez. E eu agarrei e já estou, tem dois meses que eu estou nessa área, e eu sou responsável pelo índice. Então assim, já é um ganho muito grande.

P1: E algum momento marcante, que você também se lembre? Não necessariamente um desafio, mas algo que você lembre que aconteceu, que você vivenciou aqui dentro e que tenha te marcado.

R: Que me marcou mesmo? É, minha trajetória aqui é curta, igual eu falei, mas uma coisa que me marcou foi justamente quando eu comecei, igual eu te falei, e eu passei esse final de semana, e no final desse final de semana, que seria na segunda feira, quando e sem chamar ninguém, sem chamar gestor ou supervisor, aí eles chegaram e eu tinha conseguido. Então, assim, me colocaram no céu. Então pra mim aquilo foi muito marcante, muito mesmo, porque eu tinha acabado de chegar na empresa e já estava bem falado, vamos dizer assim.

P1: E só pra ver se eu entendi direito, e a sua parte de cuidar do índice é na área de refrigerantes, é isso?

R: Não, Não, é da fábrica toda.

P1: A fábrica toda.

R: Toda.

P1: Então é toda a unidade.

R: Toda a unidade.

P1: Todos os setores...

R: Todos os setores.

P1: E esse, quais são esses setores, basicamente?

R: A gente tem um equipamento, é, em cada subestação. E esses equipamentos que é fazem medição e a gente coleta através de um programa de computador. Ele se comunica com esses equipamentos e eu tenho lá todo o consumo, demanda, fator de potência, tudo, que esse aparelho me envia. Então pra cada área eu tenho um equipamento. Seria, por exemplo, a lata, [packting?], a fabricação, a filtração. Então pra cada ponto de, da fabrica eu tenho um medidor. Esses que são a minha referência.

P1; Você entrou a um ano, né, mais ou menos, e a cultura Ambev é uma, é muito específica, ela é muito, ela é única, né? O que que você tem a dizer sobre essa cultura, sobre o modo de trabalho aqui da Ambev?

R: Eu acho interessante, é, justamente por ser única. Ela é única aqui, mas é única também em todas as filiais, o que torna uma única cultura. Eu acho - eu não conheço nenhuma filia, eu tenho vontade de um dia conhecer- mas eu acho que o que a gente faz aqui, seria o que a filia Rio faz, ou a filial __________, ou qualquer outra filial que a gente pegasse. Então eu acho isso muito interessante, a gente saber que o que a gente faz aqui, outra filial está fazendo. E o que a gente faz de errado aqui e consegue corrigir, a gente consegue corrigir o que em outras também está errado.

P1: Existe essa comunicação.

R: É, essa comunicação é muito interessante.

P1: E o que que você acha dessa preocupação da Ambev em resgatar a sua história através dos seus funcionários? Como isso que está acontecendo.

R: Também eu acho muito interessante saber quem é o funcionário, como é que é a vida desse funcionário, coisa que outras empresas não se preocupam. E é isso que eu achei, que eu até falei que é muito legal, valorizar o funcionário. Porque eu não sou só mais um na fábrica, eu sou um da fabrica. Eu acho isso legal, você está querendo saber como é que é a minha vida na Ambev, seria interessante, é uma coisa muito boa.

P1: E o que você acha, né, de ter participado, de ter dado o seu depoimento aqui pro projeto?

R: Gostei. Estava meio receoso em vir, mas gostei muito, gostei de passar pra alguém o que já aconteceu comigo, que até então eu não tinha passado pra ninguém.

P1: E pra finalizar, você quer deixar algum recado pra Ambev, pros seus colegas daqui, colegas de outras unidades?

R: É, eu gostaria de falar que, pra acreditar na Ambev, porque a Ambev dá um futuro pras pessoas, então eu gostaria disso.

P1: Está certo. Obrigado pelo seu depoimento.

R: De nada