“Em cada novo livro encontro mil sonhos para realizar e mil razões para continuar”. A história que escrevemos fala sobre uma pessoa que ama ler livros e contar histórias: Cleziane Almeida Silva. Desde criança no interior do sertão da Bahia sentava nos dias de lua cheia para ouvir seu avô narrar contos de assombração que deixava todo mundo arrepiado da cabeça aos pés. Ela nasceu em 13 de agosto de 1981 em um povoado chamado Tíngui (que pertencia a cidade de Geremoabo). Como no seu interior não tinha hospital, ela nasceu na casa de seus pais com a ajuda de uma parteira. Sua mãe conta que foi uma noite muito fria e estrelada. Seu Pai José e sua mãe Lindinalva eram agricultores, porém, com a grande seca que houve na região de Geremoabo no ano de 1983 eles resolveram se mudar com as duas filhas para Salvador para tentar consegui emprego. Na capital baiana eles se tornaram ajudantes de pedreiro e costureira respectivamente. Quando criança suas maiores alegrias eram nos períodos das férias quando passava esses três meses no interior com seus avós e primos curtindo sua liberdade e alegria de está com a família. Uma das coisas que mais gostava de fazer era acordar antes do nascer do sol com sua irmã para acompanhar seu avô João Pereira (vô Barreira) para assisti-lo tirar leite da vaca. As duas levavam um copo com achocolatado em pó para misturar com leite quentinho da vaca e tomarem. Por conta desse fato os demais primos colocaram o apelido de “Netinhas do vovô”. Sua infância no bairro da Sussuarana foi de muitas dificuldades e privações e de muita união também, pois juntos eles se tornaram mais fortes. No ano de 1989 por dificuldades financeiras, seus pais mandaram as duas (ela e a irmã) para morarem com os avós no Tingui. Sua tia Val foi uma segunda mãe no cuidado e carinho que dedicou as meninas. Ambas gostaram tanto da vida no interior que não queriam nunca mais voltar para a capital. Em...
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“Em cada novo livro encontro mil sonhos para realizar e mil razões para continuar”. A história que escrevemos fala sobre uma pessoa que ama ler livros e contar histórias: Cleziane Almeida Silva. Desde criança no interior do sertão da Bahia sentava nos dias de lua cheia para ouvir seu avô narrar contos de assombração que deixava todo mundo arrepiado da cabeça aos pés. Ela nasceu em 13 de agosto de 1981 em um povoado chamado Tíngui (que pertencia a cidade de Geremoabo). Como no seu interior não tinha hospital, ela nasceu na casa de seus pais com a ajuda de uma parteira. Sua mãe conta que foi uma noite muito fria e estrelada. Seu Pai José e sua mãe Lindinalva eram agricultores, porém, com a grande seca que houve na região de Geremoabo no ano de 1983 eles resolveram se mudar com as duas filhas para Salvador para tentar consegui emprego. Na capital baiana eles se tornaram ajudantes de pedreiro e costureira respectivamente. Quando criança suas maiores alegrias eram nos períodos das férias quando passava esses três meses no interior com seus avós e primos curtindo sua liberdade e alegria de está com a família. Uma das coisas que mais gostava de fazer era acordar antes do nascer do sol com sua irmã para acompanhar seu avô João Pereira (vô Barreira) para assisti-lo tirar leite da vaca. As duas levavam um copo com achocolatado em pó para misturar com leite quentinho da vaca e tomarem. Por conta desse fato os demais primos colocaram o apelido de “Netinhas do vovô”. Sua infância no bairro da Sussuarana foi de muitas dificuldades e privações e de muita união também, pois juntos eles se tornaram mais fortes. No ano de 1989 por dificuldades financeiras, seus pais mandaram as duas (ela e a irmã) para morarem com os avós no Tingui. Sua tia Val foi uma segunda mãe no cuidado e carinho que dedicou as meninas. Ambas gostaram tanto da vida no interior que não queriam nunca mais voltar para a capital. Em 1993 teve uma grande perda na vida com o falecimento de sua avó Umbelina. No ano seguinte sua família se mudou para Cajazeiras, lugar com muito ar puro, natureza, sossego, calmaria e muito parecido com sua cidade natal. Sua irmã e grande parceira de vida chama-se Maria Cristiane (Cris) e o amor de uma pela outra é infinito. Desde muito nova Cleziane sonhava em ser professora, por esse motivo, no Ensino Médio ela se matriculou para fazer Magistério no Colégio Estadual Edvaldo Brandão Correia. Durante esse período ela estudou com grandes exemplos de educadores que sempre a estimularam a estudar cada vez mais. Ane cita os professores Welber, Marilene, Nadilson e Olgalice. No 2º ano de estudo do Curso foi escolhida pelos professores para assumir a Regência de uma classe de aula na Escola Estadual Cristo Rei e daí em diante nunca mais parou. Isso foi à 22 anos atrás. Logo após concluir o Magistério, ela prestou vestibular para Pedagogia na Universidade Católica do Salvador e se tornou a primeira pessoa na família a conseguir um diploma de Universitária. Fato histórico, de grande importância e emoção para ela, familiares e amigos. Pró Ane trabalhou muitos anos na Educação Infantil em escolas particulares da cidade, entre elas o Colégio Marista de Patamares, instituição que guarda com carinho e afeto. Depois de um tempo prestou concurso para a Prefeitura Municipal de Salvador e começou sua jornada na Educação de Jovens e Adultos, lugar que ela ama e realiza essa função com todo amor e carinho. Para ela a história de vida dos alunos é um ensinamento diário para seu crescimento. Em 2007 ela passou no concurso para Coordenadora Pedagógica e desde então trabalha 40h na nossa Escola Conselheiro Luiz Rogério, auxiliando no trabalho desenvolvido pelas professoras. Seu companheiro de vida foi o grande amigo Silvio César onde ela começou a namorar aos 16 anos e após 11 anos juntos, casaram-se no dia 01 de novembro de 2008 em uma cerimônia religiosa cheia de amigos, alegria e celebração. A festa começou às 10h da manhã e terminou as 19h. Hoje em dia seus maiores amores é sua pequena sobrinha e afilhada de 2 anos chamada Lis que ela ama do fundo do seu coração e aquece seus dias mais nublados e difíceis. Seus livros é sua fonte de inspiração, onde ela passa horas e horas perdidas no mundo da imaginação, querendo conhecer novas histórias a cada semana. Nos momentos livres se atreve a navegar no artesanato e na costura seguindo os passos e o oficio de sua mãe. O que mais Pró Ane deseja para todos nós é que: 1 Nunca desistamos de nossos sonhos; 2 Gentileza gera gentileza, por esse motivo é importante amarmos as pessoas; 3 Lugar de menina/mulher é onde ela quiser, devemos lutar por direitos iguais; 4 Devemos valorizar e respeitar as diferenças, não aceitando o preconceito e discriminação de qualquer espécie. Cleziane tem muitos sonhos na vida e acredita que vai conquista-los e realiza-los. Um deles é construir uma biblioteca repleta de livros para contar histórias e ter um(a) filho (a).
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