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Por: Museu da Pessoa, 7 de julho de 2009

"A única inscrição feminina foi a minha.

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"A única inscrição feminina foi a minha.

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Ana Regina de Paula Sena Gomes. Nasci no Rio de Janeiro, em 25 de julho de 1964.

Eu fiz estágio na Fronape [Frota Nacional de Petroleiros], que agora é Transpetro. Na época em que eu estava fazendo estágio de técnica de manutenção teve prova para ajudante de manutenção, aí eu fiz a prova. Eu nem estava a fim de fazer, mas aí o pessoal falava: “Faz, o negócio é entrar” Fiz a prova e tirei em 15° lugar. Um ano depois entraram os três primeiros colocados, aí um ano depois [disso] me chamaram. Eu trabalhava em uma firma como auxiliar técnica, mas o salário da Petrobras era maior, eu saí da firma e fui para a Fronape. Trabalhei como ajudante de manutenção, [pois minha formação] era técnica de manutenção. Quando eu entrei para a Fronape comecei engenharia mecânica e em 2004, fiz pós-graduação em segurança do trabalho. [Fiz engenharia] na Souza Marques e pós-graduação no CEFET [Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca].

Na Fronape, na prova que eu fiz, só tinha eu de mulher. A única inscrição feminina foi a minha. Foram quase 800 inscrições, eu não lembro direito. Quando eu passei ficou o questionamento: “Mas pra esse cargo não pode mulher”. Eu fazia estágio na oficina e aí ficou aquela polêmica: “Por que não pode?” Mas ninguém dizia o porquê. Ficavam assim: “Mas não tem banheiro, como é que vai fazer?” Eu tomava banho num banheiro do setor de treinamento, que era outro prédio, andava bastante. Ia de manhã, mudava de roupa e a tarde ia pra lá. Depois eles conseguiram um banheiro que tinha na oficina, que era usado pelos engenheiros. Era um banheiro que tinha até chuveiro, mas era um banheiro bem pequeno. Eles arrumaram armário e botaram lá para mim e eu ia lá só tomar banho. Durante o dia usava outro banheiro, de outro prédio também, fora da oficina, que era mais perto, e assim foi. Trabalhei lá quase dez anos, no Caju. Ia pra navio, fazia reparo de regulador no...

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