Nome do Projeto: Memória dos Trabalhadores Petrobras
Depoimento de Ana Dulce Coutinho
Entrevistada por Márcia de Paiva
Local de gravação e data completa: Rio de Janeiro – 12/11/2004
Realização Museu da Pessoa
Código do depoimento: PETRO_CB620
Transcrito por: Luciano Fernandes Urban
P/1 – Bom dia.
R – Bom dia.
P/1 – Gostaria de começar a entrevista pedindo que você nos diga seu nome completo, local e data de nascimento.
R – Meu nome é Ana Dulce Andrade de Moraes Coutinho, eu nasci em Recife dia 08 de agosto de 62.
P/1 – Ana, você pode contar para a gente como foi seu ingresso na Petrobras e como você chegou até a área da cultura?
R – Já são 21 anos, quer dizer, mais que isso, eu entrei na Petrobras em 82, eu ia fazer 20 anos e foi um concurso que apareceu, eu morava em Recife e eu soube porque eu tenho um irmão que já era da Petrobras e ele falou que ia ter um concurso e na época era um concurso que exigia nível médio e conhecimento na época de ciência da computação. E eu fazia faculdade de estatística, não estava gostando da faculdade, estava em momento de mudança mesmo, fiz o concurso, passei, mudei de cidade, fiz oito meses de curso dentro da Petrobras na área técnica.
P/1 – Aí você veio aqui para o Rio?
R – Não, isso ainda em Aracajú e lá passei um ano e meio e pedi transferência para o Rio por interesse meu mesmo, não foi em função da atividade. E chegando aqui no Rio continuei no Departamento de Produção, antigo DEPRO, hoje EP e só em 94 que eu foi pra Comunicação, foi uma época que a Comunicação teve que crescer quadros, era a quebra do monopólio, a empresa precisava fazer uma comunicação mais competitiva, ou seja, precisava de pessoas e naquela época não estava contratando profissionais de comunicação, publicitários e jornalistas, então tinha que contar com os quadros da Petrobras. E nessa época fomos vários do Departamento de Produção para a área de Comunicação da...
Continuar leituraNome do Projeto: Memória dos Trabalhadores Petrobras
Depoimento de Ana Dulce Coutinho
Entrevistada por Márcia de Paiva
Local de gravação e data completa: Rio de Janeiro – 12/11/2004
Realização Museu da Pessoa
Código do depoimento: PETRO_CB620
Transcrito por: Luciano Fernandes Urban
P/1 – Bom dia.
R – Bom dia.
P/1 – Gostaria de começar a entrevista pedindo que você nos diga seu nome completo, local e data de nascimento.
R – Meu nome é Ana Dulce Andrade de Moraes Coutinho, eu nasci em Recife dia 08 de agosto de 62.
P/1 – Ana, você pode contar para a gente como foi seu ingresso na Petrobras e como você chegou até a área da cultura?
R – Já são 21 anos, quer dizer, mais que isso, eu entrei na Petrobras em 82, eu ia fazer 20 anos e foi um concurso que apareceu, eu morava em Recife e eu soube porque eu tenho um irmão que já era da Petrobras e ele falou que ia ter um concurso e na época era um concurso que exigia nível médio e conhecimento na época de ciência da computação. E eu fazia faculdade de estatística, não estava gostando da faculdade, estava em momento de mudança mesmo, fiz o concurso, passei, mudei de cidade, fiz oito meses de curso dentro da Petrobras na área técnica.
P/1 – Aí você veio aqui para o Rio?
R – Não, isso ainda em Aracajú e lá passei um ano e meio e pedi transferência para o Rio por interesse meu mesmo, não foi em função da atividade. E chegando aqui no Rio continuei no Departamento de Produção, antigo DEPRO, hoje EP e só em 94 que eu foi pra Comunicação, foi uma época que a Comunicação teve que crescer quadros, era a quebra do monopólio, a empresa precisava fazer uma comunicação mais competitiva, ou seja, precisava de pessoas e naquela época não estava contratando profissionais de comunicação, publicitários e jornalistas, então tinha que contar com os quadros da Petrobras. E nessa época fomos vários do Departamento de Produção para a área de Comunicação da empresa. E coincidiu que eu já estava cursando a faculdade de oceanografia e então tinha essa possibilidade de trabalhar na área de Comunicação com feiras, exposições, eu passei acho que um ano fazendo feiras e exposições para a área técnica da Petrobras porque eu já tinha um relacionamento para a área de Geologia, Engenharia e também para área de Meio Ambiente. E depois naturalmente, como o patrocínio foi uma atividade que começou a crescer, foi identificada como uma grande ferramenta de publicidade, aí eu migrei para a área de patrocínio e passei acho que dez anos como gestora de projetos, eu acho que eu tive envolvida diretamente em uns 200 projetos no mínimo nesses últimos 11 anos.
P/1 – Da área cultural?
R – Da área cultural. Passei um tempo também com patrocínio ambientais, teve uma época que eu fiquei com o Projeto Tamar, mas no geral foram patrocínios culturais.
P/1 – Ana, e a criação da própria área de patrocínio você sabe precisar mais ou menos?
R – Quando eu cheguei na Comunicação existia uma área que era um setor de promoções e dentro desse setor de promoções existia atividades de feiras, exposições e patrocínio, mas eram muito poucos os patrocínios e também não estava totalmente... a gente percebia naquela época que os poucos patrocínios da empresa estavam em áreas dispersas e foi exatamente nesse momento em 94 que começou a se pensar em patrocínio passar a ser realmente uma atividade... umas das principais ferramentas mesmo de publicidade, coincidia também com o início das leis de incentivo. Em 94 a lei de incentivo federal, a lei Rouanet ela começava a efetivamente funcionar, então isso foi também outro aspecto muito importante para o crescimento da atividade, no caso patrocínio cultural.
P/1 – Nessa época em que a própria área de patrocínio não estava formulada, formatada, que tipo de patrocínio vocês faziam? Eram mais direcionados ao que?
R – Olha, eu lembro que era exatamente isso que a gente estava sendo chamado, era de tentar ver o cenário e tentar organizar, dar focos, começar esse trabalho de realmente construção de uma imagem, fazer projetos afins, identificados, no início trabalhávamos com atributos, brasilidade, solidez etc, enfim, foram muitos os atributos que a gente foi trabalhando e fomos construindo, porque eu acho que a Petrobras aí se destacou muito porque tanto pelos recursos, a performance da empresa que hoje o lucro excepcional que nós temos, então isso proporcionalmente é o orçamento, define o orçamento da comunicação, do patrocínio, do investimento. Mas naquela época eu lembro que os patrocínios eram um tanto aleatórios.
P/1 – Você sabe dar um exemplo assim? O que você se lembra?
R – Lógico, tem dois projetos que já existiam e eram muito fortes, eu lembro muito bem. Um era Orquestra, a Orquestra Pró Música, eu acho que nessa época ainda não tinha o Petrobras no nome, era orquestra Pró Música com o maestro Armando Prazeres. Tinha também o projeto seis e meia que se realizava com o Albino Pinheiro, o coordenador do projeto e se realizava na Praça Tiradentes no João Caetano. Foi um projeto também de longa duração, a Petrobras patrocinou até o final do projeto que coincidiu infelizmente com a morte do Albino, acho que já são uns oito anos talvez que ele tenha morrido, não sei. E tinha assim algumas coisas, eu lembro que quando eu cheguei lá teve um caso curioso porque nessa época eu estava cuidando de exposições de meio ambiente e tinha um livro do professor Israel Pedrosa, do professor e artista Ismael Pedrosa em cima de uma mesa, então naquele ambiente cinza de escritório de repente aquele livro alí, eu falei: “quem está lendo esse livro?”, e então era o Pimentel que estava acompanhando o projeto, ele olhou pra mim espantado e falou: “Você conhece esse livro?”, eu falei: “desculpa, conheço”. E aí ajudei a fazer a comunicação porque era uma coisa que ainda não tinha uma intimidade, uma cola da Petrobras ser uma patrocinadora cultural, então o texto institucional que ia no catálogo era pesadíssimo.
P/1 – E isso vocês estavam fazendo pra esse projeto que tinha o livro do Israel Pedrosa, era o próprio patrocínio?
R – Era um patrocínio, era um patrocínio na sexta edição do livro, que o livro tinha esgotado, não chegava a ser uma raridade mas enfim, era um livro ainda muito importante para as escolas e para as universidades na área de artes, acho que até para a física, é muito bonito esse livro.
P/1 – União das cores não é?
R – Isso, da cor inexistente. Então foi naturalmente que eu fui me aproximando da área. Tenho uma história que eu falo do meu currículo que eu fui casada com um artista plástico, então naturalmente eu me aproximei muito da área de artes visuais. Então eu dei continuidade , existia uma sequência de projetos que foi em 95, 96 e 97 que foram as três exposições internacionais que tiveram grande visibilidade aqui no Brasil: Rodin, Monet e Dali. E elas foram muito importantes, a Petrobras ficou presente nas três exposições, elas aconteceram aqui no Museu Nacional de Belas Artes e no MASP em São Paulo. E resultou que foram recordes absolutos de público, a mídia foi enorme, a mídia expontânea, as pesquisas que a gente fez apontou que alcançou as mais diversas classes. No Museu Nacional de Belas Artes, aqui no Rio, aos domingos a exposição era gratuita, então davam voltas em todo aquele quarteirão do museu, era impressionante. E mesmo em São Paulo eu lembro de uma pesquisa que a gente fez com os frequentadores da mostra, da exposição Monet, isso acho que em 96, no MASP em São Paulo eu acho que a amostragem indicou que 50% dos frequentadores nunca tinham ido a um museu. Então isso foram números que nos trouxeram grande felicidade pelo impacto desse projeto e partir daí eu acho que cada vez mais os museus, os curadores, enfim, toda essa construção de projetos culturais ela se profissionalizou muito. Para a Petrobras foi super bacana logo em seguida dar continuidade e realizar grandes retrospectivas de artistas brasileiros, tanto modernos como contemporâneos. Fizemos retrospectiva da (Lígia Clark?), do Sílvio Meireles, Antônio Dias, o Ivens Machado foi uma exposição linda também que a gente conseguiu fazer Rio, São Paulo, Curitiba e no Espírito Santo também em Vitória. Bom, patrocinamos como eu já falei modernos, o Portinari, Anita Malfati, Flávio de Carvalho, o Di Cavalcante, foram exposições assim históricas, emocionais, muito bonitas.
P/1 – Retomando, você estava falando do número de exposições que vocês também patrocinaram já na década de 90 que teve um crescimento e quais são dentro dessa área mesmo quais são os critérios que norteiam na escolha Ana?
R – Eu estou falando de uma sequência aí entre 95 e 2000, então como eu te falei aumentou o orçamento, as leis de incentivos, então começamos a fazer uma comunicação acompanhando toda essa tendência, lógico que eu acho que a Petrobras sempre a frente e conduzindo, hoje seguramente para onde a Petrobras destinar a sua orientação para ações culturais interfere no processo cultural inteiro do país, entende assim, para onde ela destinar. E na época foi exatamente que começamos, já existiam projetos assim muito sólidos de restauração de patrimônio edificado. Existiam projetos na área de música, na área de artes visuais, em 94 a Petrobras começou a patrocinar cinema e resultou muito bem que os primeiros filmes foram O Quatrilho, que naquele momento surpreendeu a todos entrando na participação no Oscar. Surpreendeu eu digo assim porque o cinema brasileiro estava passando por uma crise com o fim da Embrafilme, enfim, e em seguida foi acho que em 95 foi Carlota Joaquina que é reconhecido como o filme da retomada. Até hoje são mais de 300 filmes que BR e Petrobras patrocinaram. Bom, então eu estou te mostrando que a cultura tinha várias áreas e em vários momentos pensamos como nos seguimentos, mas o que a gente enxergava era que o comportamento era realmente também de preservar esses seguimentos, esses investimentos, não focar em apenas um. Então a gente abriu exatamente para todos esses investimentos. Então eram muito fortes patrimônio histórico, cinema, artes visuais, música, artes cênicas e também publicações, não exatamente literatura mas publicações, obras de referência e tal. E em 2000 a Petrobras começa então a fazer programas para a seleção de projetos, isso é exatamente para regulamentar, organizar, democratizar o acesso, o conhecimento, qual é o período, que tipo de projeto a empresa quer etc. E isso foi muito importante porque nessa época nós não aguentávamos mais a demanda, era um volume enorme, e assim sustentávamos, tínhamos respostas, tínhamos argumentação sim para dizer o que estávamos fazendo, mas era um volume enorme, então precisávamos realmente de uma porta de entrada bem orientada, um critério transparente, foi quando começaram os programas de patrocínio. Foram realizados programas segmentados por área cultural e agora em 2003 um momento histórico realmente porque além de fazer um programa Petrobras Cultural, ou seja, dizendo a política para toda a área cultural, respondendo isso e chamando projetos para se apresentarem foi também um momento de integração da área de comunicação da Petrobras e da BR. Nós agora estamos totalmente alinhados à uma convergência aprovada, segue planejamento estratégico da empresa, a BR não pode ser desassociada da Petrobras, Br é Petrobras, a marca é única, então está totalmente unificado, somamos os investimentos e convergimos para direcionar o foco, no caso o programa Petrobras Cultural ele define exatamente que tipo de projetos, que tipo de ações que a gente está querendo focar nesse momento. Isso é extremamente positivo porque fica uma atividade consistente e de continuidade, ou seja, o mercado, a sociedade, todos sabem que anualmente a Petrobras vai estar anunciando a sua política cultural.
P/1 – O que define essa política cultural agora nesse momento? Quais são as prioridades?
R – O programa Petrobras Cultural ele trabalha em várias ações: memória, difusão, produção e reflexão também. Quer dizer, a reflexão está um pouco dentro de todos e os segmentos culturais aí conseguem ser atendidos digamos assim a como atuar em todos os segmentos, por exemplo, há uma seleção pública de memória das artes. Memória das artes qualquer tipo de projeto em qualquer segmento cultural pode ser apresentado, pode ser uma publicação, um site, uma revista, pode ser uma exposição... a gente procura pelo que a gente vê, os recursos eles são também finitos, então a gente vê o que a gente puder deixar de registro, então a exposição talvez ela ainda não esteja sendo privilegiada por essa questão do registro. Mas na última seleção por exemplo tivemos um filme contemplado, um documentário sobre o grupo Galpão, sobre a turnê que ele fez na Inglaterra etc, a memória daqueles 20 ano do Galpão. Bom, então todos os segmentos estão contemplados. O programa ele conta com a participação, o envolvimento do Ministério da Cultura, da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, porque a gente percebe que o alinhamento com políticas públicas é fundamental. E a Petrobras está sendo exemplar nisso. Nós não queremos fazer superposição de ações porque isso sai muito caro para a sociedade, a gente ficar repetindo ações, então a gente tem que ver em escalas a continuidade...
P/1 – E fazer parceria não é?
R – E parceria constante. No programa há representação do Ministério da (CECOM?), há também três consultores, nesse momento o programa Petrobras Cultural conta com três consultores externos: o (José Miguel Visnique?) na área de música, o José Carlos Avelar na área de cinema e a Jurema Machado na área de patrimônio. Então eles são realmente pilares fundamentais para a elaboração desse programa.
R – Legal. Tem algum projeto seu especial, um xodó nesses anos todos que você tenha?
P/1 – Eu acho que tem muitos xodós. Tem alguns assim que eu fiquei muito feliz de escutar até a importância da Petrobras, isso é muito bacana quando na Bienal de São Paulo de 98 era Antropofagia e a Petrobras patrocinou a exposição Francis Bacon, que ela foi literalmente o coração da Bienal. Então a gente escutar isso do patrocinado, quer dizer, no caso nem do patrocinado, da Fundação Bienal, do curador, o (Paulo Rekenholf?) ele falar assim do que foi vital, que realmente era o coração da Bienal. Então isso foi realmente bacana, foi uma exposição linda, eu acho que foi, eu acho não, foi a primeira vez que a Petrobras patrocinou a Bienal de São Paulo, também era uma grande estréia e testava lá assim dando vida ao coração da grande mostra. Então isso é muito especial você saber que foi fundamental, que se a Petrobras não tivesse entrado realmente não existiria aquele projeto, tudo aquilo que a gente pode ver. E tem outros projetos, tem um projeto assim que foi um tanto xodó e foi de muito trabalho porque foi uma exposição itinerante, chamava o Brasil de Portinari e essa exposição rodou, eu não tenho o número, mas acho que foram mais de 50 cidades. Então era engraçado porque a curadora do projeto pedagógico que levava, acompanhava a exposição por todas as cidades, ela tinha um caráter muito voltado para o educativo, por um projeto educativo e também atendia comunidades, porque era uma exposição realmente ilustrativa, de divulgação do Portinari. E é incrível porque mesmo Portinari as pessoas no Brasil não conheciam, ainda desconhecem. Então foi muito bacana, essa exposição rodou, eu lembro que ela estava até dentro de um barco no Pantanal por povoados, por comunidades ribeirinhas...
P/1 – Vocês têm fotos disso?
R – Tem, tem muita documentação disso. Então eu lembro assim que era acompanhar esse projeto, lógico, de uma forma corporativa, eu aqui na sede contei muito com o apoio de todos os então gerentes, acessores de comunicação regional no Brasil. E a gente resolvia problemas, chegava no grande museu daquela capital mas de repente não tinha material básico de funcionamento, faltava papel higiênico, faltava uma limpeza, faltava sabe uma pintura na sala, então não era só a exposição. Naquele momento eu acho que a gente tinha o estado da arte, das instituições pelo Brasil, de como que elas estavam e tal e também de demanda de população, aí muito voltada para a rede pública de educação. Esse projeto eu realmente lembro de que numa certa altura a curadora falou assim: “ai coitada da Aninha, já não deve mais aguentar falar do Brasil de Portinari”. E muito pelo contrário não é, eu achava era muito bom porque nós patrocinávamos a exposição nas capitais e algumas outras cidades que tinham uma demanda forte nós atendíamos. Mas às vezes chegava por exemplo em Macaé, onde a gente tem uma área de comunicação e de repente a exposição estava circulando por toda a região, por todas as cidades: (Quissamã?), Rio das Ostras...ou seja, criava vida, isso eu achei esse projeto muito bom, achava que tinha um cara muita próxima, colava muito bem com a Petrobras.
P/1 – Tem mais alguma outra história que você gostaria de deixar registrada desses seus anos todos de trabalho nessa área?
R – Eu acho que é importante deixar registrado a ação da BR e da Petrobras no cinema. Isso é realmente assim um vínculo direto com a Petrobras sabe, o cinema e a Petrobras estão coladíssimos, é uma relação de reconhecimento até por consumidores. Agora a gente teve uma pesquisa da Folha de São Paulo que a Petrobras é a top of mind na área de combustíveis e um dos principais pontos apresentados pelas pessoas entrevistadas, a identificação foi exatamente o investimento em cultura e seguramente essa ação em cinema.
P/1 – Em tão pouco tempo não é?
R – São dez anos, eu não tenho esse número, mas são mais de 300 filmes. É um investimento forte se você pensar, de continuidade é muito forte.
P/1 – É isso Ana. Gostaria de perguntar o que você achou de ter participado da entrevista e o que você acha da iniciativa de ter um projeto memória também da Petrobras?
R – Eu acho que tinha de ser um memória permanente para não nos deixar esquecer e ter realmente esse arquivo, esse registro. Eu sou muito crítica em relação a Petrobras no volume de coisas que ela faz e que a gente não consegue deixar isso público, registrado e principalmente recuperar. Há pouco tempo eu comecei, há pouco tempo não, isso em 2000 efetivamente a gente fez um levantamento que resultou na publicação de um livro de patrocínios entre 95 e 2000 e naquele momento eu ajudei bastante porque eu estava envolvida com a grande parte dos projetos que estavam no livro e tal, e eu fiz um grande movimento que fosse levado pelo menos para a biblioteca aqui do Edise toda e qualquer material resultante de patrocínio. Porque a gente não tinha nem exatamente onde guardar esse material como memória. Eu sei que a biblioteca também...
P/1 – E ele foi ou está com vocês? Então esse material todo da área de vocês está na biblioteca?
R – Ele foi, está na biblioteca. E atualmente todo e qualquer produto, cd, dvd, livros, folders etc, nós estamos direcionando para a biblioteca do Edise, para a biblioteca no caso da área de documentação no prédio da BR, o Edibe, e outras bibliotecas ou centro de documentação interna da Petrobras em outras regiões. Então eu acho isso fundamental e eu estou curiosíssima para ver o resultado desse projeto, o resultado assim, o primeiro resultado.
P/1 – Tá Ana, gostaria de agradecer sua participação, disponibilidade de vim aqui também e colaborar com a gente. Obrigada.
(fim da fita _________).
Palavras em dúvida:
Lígia Clark;
CECOM;
José Miguel Visnique;
Paulo Rekenholf;
Quissamã.
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