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Personagem: Remídio Costa Soares
Por: Museu da Pessoa, 24 de outubro de 2009

Amigo de bonecos

Esta história contém:

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Nasci e cresci em um bairro periférico muito pobre de Salvador. Minha mãe veio retirante do interior da Bahia, de um município chamado São Gonçalo dos Campos, a 20 quilômetros de Feira de Santana. Ela ganhou um dinheiro de uma vaca que ela vendeu e cansada daquela situação do interior, ela veio pra Salvador, invadindo um pequeno pedaço de terra e um resto de uma construção onde ali estava se construindo ainda o Iguatemi, hoje um dos maiores shoppings de Salvador. Ela me conta: “Quando você nasceu aqui chegou água e luz”.

Já quando eu nasci, meus pais já não moravam mais juntos. É bem comum em Salvador, e acho que na maioria do Brasil, os lares serem sempre administrados por mães e eu sou um desses casos. Minha mãe conseguiu suprir todas as necessidades, né? Me deu educação, também ajudei muito, trabalhei muito cedo, desde os sete anos que eu trabalho vendendo ovo de codorna, cafezinho, picolé, desembolei minha vida, se virando do jeito que podia e fui nesse caminho aí de trabalho, de luta e foi mais ou menos assim.

A minha infância foi muito legal, trabalhei muito de forma braçal, mas também me diverti muito! Em várias dessas diversões eu fazia teatro, fazia dança, fazia capoeira, e fazia teatro de bonecos: aos sete anos, chegou na Associação de Bairro um mestre chamado Elias Bonfim dos Santos com um trabalho de teatro de bonecos. Ele desenvolveu um trabalho de oficina com a garotada da comunidade durante um ano confeccionando bonecos, produzindo alguns materiais, discutindo algumas temáticas que ele gostava muito de discutir e abordar algumas temáticas relacionadas ao nosso cotidiano, a nossa história de vida, a nossa vivência. Ele gostava muito de estimular a gente a modificar o que a gente estava achando errado no nosso dia a dia.

Passei um ano trabalhando teatro de bonecos. Foi quando eu comecei, convidado por Elias, a trabalhar no teatro de bonecos de uma forma mais profissional! Ele me...

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