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História
Personagem: Miriam Soares Firmino
Por: Museu da Pessoa,

Aguentando o tranco

Esta história contém:

Aguentando o tranco

Vídeo

P/1 – Miriam, você pode falar seu nome completo, local e data de nascimento?

R – Meu nome é Miriam Soares Firmino. Nasci no Rio de Janeiro, no bairro Botafogo. Antes eu trabalhava na CONURB [?].

P/1 – Quando você nasceu?

R – Eu nasci no dia 10 de setembro de 1970.

P/1 – Seus pais são do Rio de Janeiro?

R – Não, meus pais eram de Minas Gerais, Juiz de Fora.

P/1 – Como é que eles vieram parar aqui no Rio?

R – Porque os pais deles precisavam de vir embora para cá, porque lá não tinha trabalho. E cedo meu avô faleceu. Aos 49 anos. Aí minha mãe veio embora para cá com a mãe dela pra trabalhar, que minha mãe desde 12 anos começou a trabalhar em casa de madame.

P/1 – Casa de que?

R – Casa de madame. Eles falavam muito isso: “Na casa de madame.” O pessoal mineiro: “Ah, fomos para cá para trabalhar em casa de madame.” A madame era fogo. Tinha umas criancinhas ruim, que batia nela, que a minha mãe era pequena, miudinha. E foi assim que a mamãe foi sobrevivendo. Aí passaram a morar na Praia do Pinto, que antigamente não se chamava “baixada”, era Praia do Pinto. Nessa época eu não era nascida ainda. Aí disseram que uma deputada botaram fogo nesse lugar. Aí tiveram que remover muitas pessoas, cada um prum lugar. Aí, veio: pessoal da Cidade de Deus, Cordovil, Cruzada Sebastião. E outros lugares, também, de favela, que eu não lembro. E, ah, Manguinhos, também. Moradores de bairros diferentes.

P/1 – E aí, a sua mãe veio para cá?

R – Não, a minha mãe foi sorteada e ficou na Cruzada. Ela alugou apartamento no primeiro bloco. Aí do primeiro bloco, ela foi sorteada de novo, foi pro sétimo bloco. Até hoje ela vive no sétimo bloco.

P/1 – Mas ela estava com o seu pai?

R – Meu pai agora é falecido. Meu pai faleceu tem dois anos e pouco.

P/1 – Aí, você nasceu aqui?

R – É, no Rio de Janeiro, no...

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Dados de acervo

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Projeto Mulheres Empreendedoras Chevron

Entrevistada por Rosana Miziara

Depoimento de Miriam Soares Firmino

Rio de Janeiro, 23 de maio de 2012

Realização Museu da Pessoa

Código MEC_HV035

Transcrito por Kelly M. Matos

Revisado por Letícia Maiumi Mendonça

P/1 – Miriam, você pode falar seu nome completo, local e data de nascimento?

R – Meu nome é Miriam Soares Firmino. Nasci no Rio de Janeiro, no bairro Botafogo. Antes eu trabalhava na CONURB [?].

P/1 – Quando você nasceu?

R – Eu nasci no dia 10 de setembro de 1970.

P/1 – Seus pais são do Rio de Janeiro?

R – Não, meus pais eram de Minas Gerais, Juiz de Fora.

P/1 – Como é que eles vieram parar aqui no Rio?

R – Porque os pais deles precisavam de vir embora para cá, porque lá não tinha trabalho. E cedo meu avô faleceu. Aos 49 anos. Aí minha mãe veio embora para cá com a mãe dela pra trabalhar, que minha mãe desde 12 anos começou a trabalhar em casa de madame.

P/1 – Casa de que?

R – Casa de madame. Eles falavam muito isso: “Na casa de madame.” O pessoal mineiro: “Ah, fomos para cá para trabalhar em casa de madame.” A madame era fogo. Tinha umas criancinhas ruim, que batia nela, que a minha mãe era pequena, miudinha. E foi assim que a mamãe foi sobrevivendo. Aí passaram a morar na Praia do Pinto, que antigamente não se chamava “baixada”, era Praia do Pinto. Nessa época eu não era nascida ainda. Aí disseram que uma deputada botaram fogo nesse lugar. Aí tiveram que remover muitas pessoas, cada um prum lugar. Aí, veio: pessoal da Cidade de Deus, Cordovil, Cruzada Sebastião. E outros lugares, também, de favela, que eu não lembro. E, ah, Manguinhos, também. Moradores de bairros diferentes.

P/1 – E aí, a sua mãe veio para cá?

R – Não, a minha mãe foi sorteada e ficou na Cruzada. Ela alugou apartamento no primeiro bloco. Aí do primeiro bloco, ela foi sorteada de novo, foi pro sétimo bloco. Até hoje ela vive no sétimo bloco....

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