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Renata

Em janeiro de 1990 prometi a você, a historiadora da família, contar alguma coisa desta nossa família. Aqui vão umas mal traçadas linhas contendo um pouco da história da qual fiz parte. História de meus avós, pais e irmãos, durante o tempo em que morei em nossa casa em Laranjal Paulista, incluindo a seu pedido os costumes da época. Sua mãe lhe contará o resto, pois ela ainda lá ficou depois que deixei nossa casa.

Beijos,

Tia Anésia.

Aos meus filhos, que por outros caminhos me perpetuarão.

Quando eu nasci, disseram-me (minha mãe e minha avó paterna) que com quarenta dias tive malária, também chamada de terçã ou sesã (dependendo do tempo em que a gente demorava para tremer de febre). Isso deve ter abalado o meu organismo devido à minha tenra idade. Logo na adolescência da 1ª idade, senti que tinha um fígado-do-do-do, e agora, na adolescência da 3ª idade, vejo que essa "benedeta" febre prejudicou também o meu cérebro, que é curto por causa da minha ingenuidade e grosso por causa da minha rebeldia. Espero não perceber mais nada na adolescência da minha 4ª idade e, quando ela vier, vou pedir concordata.

Quando dei por mim, já era a revolução de 32 e a minha mãe, que era só emoção, havia feito grande quantidade de rocambole (doce que se faz só quando a data exige) para um batalhão que invadiu minha casa de propósito, só para comer. Um dos soldados, quando me viu, fez um gesto para me pegar e eu, assustada, corri atrás de um sofá de vime, me escondendo e gritando desesperada. Minha mãe logo chegou para me acudir, e o soldado contou que tinha uma filha da minha idade. Pra quê? Nós duas, eu e minha mãe, ainda choramos algum tempo juntas: ela se emocionou com a história do soldado.

Nessa época, meu pai era prefeito da cidade (seu honorário era distribuído para os pobres) e já havia confiscado caminhões, cavalos e tudo o que tinha direito como autoridade municipal, para ajudar os paulistas a ganharem...

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