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Por: Museu da Pessoa, 12 de agosto de 2009

A transformação está em você

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A transformação está em você

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Se casou com a minha avó e largou a batina

Meu nome monástico é Coen, eu recebi minha denominação monástica no dia 14 de janeiro de 1981. Antes disso, eu era Cláudia Dias Batista de Souza, nascida em 30 de junho de 1947. Tem uma cidade no interior de São Paulo que se chama Apiaí, era o nome do meu bisavô, um capitão do mato. Ele foi morto pelos índios em uma emboscada, pelas costas. O meu avô viveu o fim da escravatura, quando nasceu deram a ele um pequeno menino escravo para cuidar dele. Meu avô acaba por se encontrar com a minha avó, que era prima dele. Naquela época, precisaram até pedir autorização ao Papa, porque eram primos muito próximos. Desse casamento, tiveram seis filhos e morreram três. Minha mãe é uma dos três que vingaram. O meu avô paterno queria ser padre, fez um pré-seminário em Portugal, trabalhava em uma paróquia quando se apaixonou pela a irmã do padre. Se casou com minha avó e largou a batina, ficaram em Portugal, tiveram três filhos e depois vieram para o Brasil.

Meu pai foi encontrar com a minha mãe na Escola Normal, que era a formação para ser professor. Se apaixonaram, se casaram no interior e vieram morar em São Paulo. Aos pouquinhos, foram construindo boas condições de vida. A minha mãe era professora e o meu pai trabalhava na Biblioteca Nacional. Meu pai se apaixonou por uma mulher que trabalhava com ele e minha mãe e ele se separaram. Eu devia ter dois, três anos de idade. Depois da separação dos meus pais, ele construiu uma casa para minha mãe no Pacaembu e outra para ele e sua nova esposa, a dois quarteirões de distância. O Pacaembu era considerado um bairro distante, perigoso e escuro. As pessoas, os familiares, achavam que era muito longe para ir visitar, era meio problemático.

Naquela época, os colégios não admitiam filhos de desquitados. Minha mãe achava que era importante estudar em colégio de freira para ter uma boa educação. Então, eu tinha que mentir. A gente ia à...

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