Edileuza Gomes dos Reis, nasceu no Alto Purus-Amazônia, no dia 06 de setembro de 1965, em um seringal chamado Alto Remanso, filha de Erondina Gomes dos Reis e Vicente Rodrigues dos Reis. Edileuza teve uma infância muito complicada até mesmo atípica, pois enquanto outras crianças passavam os seus dias brincando, assistindo tv ou saindo e aproveitando os dias com seus pais, e tendo roupas boas, sapatos, tênis, Edileuza e seus irmãos precisavam sobreviver de doações de alimentos, roupas e até mesmo materiais de higiene. Ao longo desse período, Edileuza tinha 11 irmãos, mas perdeu 7 (sete) deles, devido à baixa condição financeira de sua família, que não tinha renda para se sustentar, e alguns se alimentavam de elementos doados. Para conseguirem saciar sua fome, por exemplo, comiam fósforo, barro, sandália e três de seus irmãos morrera devido a problemas de infecção no estômago. Além disso, a morte da sua irmã mais nova foi a que mais lhe abalou, pois eram muitos próximas e deixou sequelas no seu desenvolvimento interpessoal, pois passou um tempo sem conseguir se comunicar com seus familiares. Seus pais trabalhavam com seringa, viviam em precária situação, porém, ela sempre acreditava que as situações iriam mudar e que aquele momento não passaria de lembranças ruins, e que para ela, se tivesse a opção de escolher, não desejaria a ninguém passar a infância daquela maneira, tendo que suportar tanta miséria, fome e carência afetiva, pois seus pais trabalhavam muito e não tinham tempo, para contar histórias, brincar ou até mesmo conversar sobre coisas do cotidiano, o que para uma criança em outras situações era algo normal e já do cotidiano. Edileuza, passava noites chorando, desejando ter uma infância normal, como ela via nas outras famílias. Passando para a fase de adolescência, não foi muito diferente, foram morar num lugar chamado almoxarifado, que tinha muitas famílias pobres, e continuaram a viver de doações...
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Edileuza Gomes dos Reis, nasceu no Alto Purus-Amazônia, no dia 06 de setembro de 1965, em um seringal chamado Alto Remanso, filha de Erondina Gomes dos Reis e Vicente Rodrigues dos Reis. Edileuza teve uma infância muito complicada até mesmo atípica, pois enquanto outras crianças passavam os seus dias brincando, assistindo tv ou saindo e aproveitando os dias com seus pais, e tendo roupas boas, sapatos, tênis, Edileuza e seus irmãos precisavam sobreviver de doações de alimentos, roupas e até mesmo materiais de higiene. Ao longo desse período, Edileuza tinha 11 irmãos, mas perdeu 7 (sete) deles, devido à baixa condição financeira de sua família, que não tinha renda para se sustentar, e alguns se alimentavam de elementos doados. Para conseguirem saciar sua fome, por exemplo, comiam fósforo, barro, sandália e três de seus irmãos morrera devido a problemas de infecção no estômago. Além disso, a morte da sua irmã mais nova foi a que mais lhe abalou, pois eram muitos próximas e deixou sequelas no seu desenvolvimento interpessoal, pois passou um tempo sem conseguir se comunicar com seus familiares. Seus pais trabalhavam com seringa, viviam em precária situação, porém, ela sempre acreditava que as situações iriam mudar e que aquele momento não passaria de lembranças ruins, e que para ela, se tivesse a opção de escolher, não desejaria a ninguém passar a infância daquela maneira, tendo que suportar tanta miséria, fome e carência afetiva, pois seus pais trabalhavam muito e não tinham tempo, para contar histórias, brincar ou até mesmo conversar sobre coisas do cotidiano, o que para uma criança em outras situações era algo normal e já do cotidiano. Edileuza, passava noites chorando, desejando ter uma infância normal, como ela via nas outras famílias. Passando para a fase de adolescência, não foi muito diferente, foram morar num lugar chamado almoxarifado, que tinha muitas famílias pobres, e continuaram a viver de doações do governo da época, lá conheceu sua primeira escola, que ficava atrás da maçonaria, aprendeu a ler. Após isso, sua família e outras famílias de baixa renda foram morar num lugar chamado Vila Redenção - atualmente Estação Experimental, bairro criado pelo o Governador da época Flaviano Melo. A partir daí, as coisas começaram a mudar, sua mãe entrou no emprego público, trabalhava na Prefeitura Municipal de Rio Branco na função de serviços gerais e seu pai era autônomo, começou a estudar na escola Natalino da Silveira Brito, onde fez seus ensinos fundamental e médio, teve sua primeira filha com 18 (dezoito) anos chamada Fabiana dos Reis Taboada, começou a trabalhar na Prefeitura Municipal de Rio Branco Acre no setor da Procuradoria Geral do Município - PGM, onde permanece até o presente, hoje também teve a felicidade de ter mais dois filhos, Cayo Vicente dos Reis Azevedo e Amanda Cristina dos Reis Azevedo. Nesse intermediário, conheceu uma doença chamada (depressão pós parto), teve que se submeter a fazer tratamento e tomar alguns remédios, hoje se sente uma vencedora e sempre costuma dizer que não se deve reclamar de nada, apenas agradecer a Deus com saúde, para prosseguir sem ter olhar para trás, porque as coisas não voltam. A música que para ela define sua trajetória de vida é a do Lulu Santos que diz “ …… tudo passa, tudo sempre passará""
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