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Por: Museu da Pessoa, 17 de outubro de 2019

A condução da vida

Esta história contém:

A condução da vida

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Meu nome é Aldair Marcos de Jesus, eu tenho quarenta e cinco anos, nasci em 9 de agosto de 1974, sou de São Paulo.

Meu pai era Antônio dos Santos de Jesus e Durvalina Rosa do Nascimento de Jesus, ambos os dois são falecidos já. Meu pai era vendedor e a minha mãe era doméstica. É meio difícil de falar, mas eu vou falar primeiro da minha mãe. Meu pai eu não era muito fã, eu vou ser bem franco, eu nunca fui fã do meu pai, mas a minha mãe é uma excelente pessoa, é um exemplo de mulher, entendeu? Que era ela muito agredida pelo meu pai… Bom, não vou começar a chorar aqui não, hein gente? E hoje eu tenho ela como espelho, de onde ela estiver, e eu tenho certeza que ela está em um lugar muito bom e… É, é isso que eu posso dizer para você, eu tenho ela como espelho. Minha mãe era muito guerreira, criou oito filhos, um não era dela, era da parte do meu pai com outra mulher.

A minha infância, eu vou falar para você, foi de ver meu pai muito agredindo a minha mãe, né? Então não tenho muito o que descrever, praticamente eu não tive infância. Quando a minha mãe se separou do meu pai, eu comecei a trabalhar muito cedo, com oito anos eu estava começando a trabalhar como feirante, e eu não tive muita infância, entendeu? Meu trabalho na feira era levantar todo dia às três horas da manhã e ir de moto, porque um amigo meu me levava de moto, né, ou, às vezes, em cima do caminhão e era isso aí. Fiquei seis anos, trabalhei seis anos nessa rotina. Eu trabalhava porque precisava trabalhar mesmo, né. Tinha só minha mãe que trabalhava na época, meu irmão era muito novinho, também, meus irmãos… E a gente se virava né? Quando meu pai vendeu nossa casa com a gente dentro, minha mãe, a gente foi morar em um barraco que molhava tudo dentro de casa e a minha mãe cobria a gente com uma lona, minha mãe nem dormia, ficava cuidando da gente a noite inteira, porque pingava mais dentro do que fora. E depois,...

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Projeto Conte sua História

Depoimento de Aldair Marcos de Jesus

Entrevistado por Jader Chahine e Teresa de Carvalho Magalhães

São Paulo, 17 de outubro de 2019

Realização Museu da Pessoa

Entrevista número PCSH_HV842

Transcrito por Gabriela Ramos

Revisado por Bruna Ghirardello

P/1 - Bem, Aldair, obrigado por ter vindo. Para começar eu queria que você dissesse o seu nome completo e o local e a data de nascimento.

R - O local da onde?

P/1 - De onde você nasceu.

R - Ah, tá. Meu nome é Aldair Marcos de Jesus, eu tenho quarenta e cinco anos, nasci em 09 de agosto de 1974, sou de São Paulo.

P/1 - Qual o nome dos seus pais?

R - Meu pai era Antônio dos Santos de Jesus e Durvalina Rosa do Nascimento de Jesus, ambos os dois são falecidos já.

P/1 - Certo. E você pode contar para a gente um pouquinho do que eles faziam?

R - Meu pai era vendedor e a minha mãe era doméstica.

P/1 - E como você descreveria os seus pais?

R - É meio difícil de falar, mas eu vou falar primeiro da minha mãe. Meu pai eu não era muito fã, eu vou ser bem franco, eu nunca fui fã do meu pai, mas a minha mãe é uma excelente pessoa, é um exemplo de mulher, entendeu? Que era ela muito agredida pelo meu pai… Bom, não vou começar a chorar aqui não, hein gente? E hoje eu tenho ela como espelho, de onde ela estiver, e eu tenho certeza que ela está em um lugar muito bom e… É, é isso que eu posso dizer para você, eu tenho ela como espelho.

P/1 - Mas você pode contar um pouquinho das qualidades dela, de como ela era?

R - Minha mãe era muito guerreira, criou oito filhos, um não era dela, era da parte do meu pai com outra mulher. E sofremos muito, meu pai vendeu a casa da gente com a gente dentro… Ai meu Deus do céu… É muito difícil de falar as coisas assim, sabia? Pelo jeito que vocês estão me vendo, eu já tô emocionado já de falar, entendeu? Mas hoje eu posso dizer para você que eu tenho muito ela como espelho, e eu não tenho muito o que...

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