Facebook Informações Ir direto ao conteúdo
Por: Museu da Pessoa, 21 de novembro de 2013

"Tô aqui pra trabalhar"

Esta história contém:

"Tô aqui pra trabalhar"

P/1 – João, boa tarde.

R – Boa tarde.

P/1 – Gostaria de começar a entrevista, pedindo que você nos diga seu nome completo, local e data de nascimento.

R – Meu nome é João Vieira de Rezende, sou de Itabaiana, Sergipe, eu nasci em 15 de maio de 1958.

P/1 – Você cresceu em Itabaiana?

R – Sim. Cresci em Itabaiana, mas aos 13 anos, eu viajei pra São Paulo, fui morar em São Paulo, na década de 70, passei seis anos em São Paulo.

P/1 – Me diga uma coisa, você… me conta um pouquinho como é que foi a sua infância em Itabaiana.

R – Nossa, a minha infância, embora não tenha sido uma infância que uma criança necessita, até porque minhas famílias eram de agricultores, então, a gente precisava trabalhar na lavoura e sempre que os meus pais iam pro sitio, a gente ia com eles pra poder ajudar lá nas tarefas da lavoura. Mas graças a Deus, meus pais sempre se preocuparam em nos colocar na escola, então ficava definido: quem estudava pela manhã, ia para o sitio pela tarde e quem estudava pela tarde, iria pro sitio pela manhã. E devido a essa situação, meu pai, além de agricultor, meu pai também fazia o comercio daquilo que ele produzia. Então, apos a safra, nós colhíamos e ele colocava a sua mercadoria num caminhão e saía para vendar nas feiras livres do nosso estado, mas precisamente, nas cidades de Propiá, Penedo em Alagoas e Neópolis, Propiá e Neópolis em Sergipe. E como ele levava além da mercadoria que ele produzia, levava também de terceiros, então ele tinha que comprar essa mercadoria e fazer o pagamento, mas devido ele ser uma pessoa muito boa, pacata, ele levava as mercadorias dele e de terceiros e deixava lá com os comerciantes e chegou um período que esses comerciantes passaram a não pagar. Ele entregava mercadoria numa semana e na outra semana da viagem, ele ia receber. E essas vendas foi acumulando e ele passou a ter dificuldade para cumprir a sua divida com os...

Continuar leitura

Dados de acervo

Baixar texto na íntegra em PDF

Projeto Correios 350 Anos

Depoimento de João Vieira de Rezende

Entrevistado por Márcia de Paiva

Rio de Janeiro, 21/11/2013

Realização Museu da Pessoa

HVCB11_João Vieira de Rezende

Transcrito por Mariana Wolff

MW Transcrições

P/1 – João, boa tarde.

R – Boa tarde.

P/1 – Gostaria de começar a entrevista, pedindo que você nos diga seu nome completo, local e data de nascimento.

R – Meu nome é João Vieira de Rezende, sou de Itabaiana, Sergipe, eu nasci em 15 de maio de 1958.

P/1 – Você cresceu em Itabaiana?

R – Sim. Cresci em Itabaiana, mas aos 13 anos, eu viajei pra São Paulo, fui morar em São Paulo, na década de 70, passei seis anos em São Paulo.

P/1 – Me diga uma coisa, você… me conta um pouquinho como é que foi a sua infância em Itabaiana.

R – Nossa, a minha infância, embora não tenha sido uma infância que uma criança necessita, até porque minhas famílias eram de agricultores, então, a gente precisava trabalhar na lavoura e sempre que os meus pais iam pro sitio, a gente ia com eles pra poder ajudar lá nas tarefas da lavoura. Mas graças a Deus, meus pais sempre se preocuparam em nos colocar na escola, então ficava definido: quem estudava pela manhã, ia para o sitio pela tarde e quem estudava pela tarde, iria pro sitio pela manhã. E devido a essa situação, meu pai, além de agricultor, meu pai também fazia o comercio daquilo que ele produzia. Então, apos a safra, nós colhíamos e ele colocava a sua mercadoria num caminhão e saía para vendar nas feiras livres do nosso estado, mas precisamente, nas cidades de Propiá, Penedo em Alagoas e Neópolis, Propiá e Neópolis em Sergipe. E como ele levava além da mercadoria que ele produzia, levava também de terceiros, então ele tinha que comprar essa mercadoria e fazer o pagamento, mas devido ele ser uma pessoa muito boa, pacata, ele levava as mercadorias dele e de terceiros e deixava lá com os comerciantes e chegou um período que esses comerciantes...

Continuar leitura

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

Histórias que você pode gostar

fechar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

Informações

    fechar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

    Informações

      fechar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      fechar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.