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Por: Museu da Pessoa, 27 de junho de 2001

"Quanto do teu sal são lágrimas de Portugal?"

Esta história contém:

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Projeto Imigrantes – Memórias de um cotidiano

Entrevista de Manuel dos Santos Paiva

Entrevistado por Stella Franco e Bia Blay

Código: IMG_HV006

São Paulo, 27/06/2001

Realização Museu da Pessoa

Transcrito por Jurema de Carvalho

Revisado por Ligia Furlan

P/1 – Senhor Manuel, pra gente começar eu queria que o senhor falasse o seu nome completo, local e data de nascimento.

R – Manuel dos Santos Paiva, 19 de março de 1929.

P/1- Nasceu onde?

R – Gildinho, freguesia de Real.

P/1 – Gildinho, freguesia de Real? Portugal?

R – Conselho de Castelo de Paiva.

P/1 – E o nome de seus pais, por favor.

R- Manuel de Paiva e Maria Rosa dos Santos.

P/1 – E o senhor chegou a conhecer seus avós ou não?

R – Conheci sim senhora, são esses que estão aí.

P/1 – Ah, é verdade! Inclusive seu avô que veio para o Brasil.

R – Esteve aqui em 1920, um vovô que está aí.

P/1 – O nome dele?

R – Antônio de Paiva.

P/1 – Antônio de Paiva! E o senhor sabe a história deles, de seus avós?

R – Mas meus avós de parte de mãe ou de parte de pai?

P/1 – Dos dois. Esse que veio para o Brasil era de parte de pai?

R – De mãe.

P/1 – De mãe? E ele veio para o Brasil por que, em 1920?

R – Ele veio aqui porque o Brasil sempre foi um país de fama em Portugal, quem viesse ao Brasil ia ganhar um dinheirinho a mais. É que em Portugal o Salazar segurava o dinheiro, então a turma falava “Vamos para São Paulo, vamos para o Rio de Janeiro, que é lá que se ganha. Fulano era pobre, foi lá e ganhou, e tem aqui uma casa em Portugal, bonita...” “É assim mesmo? Então vamos também.” O meu vovô veio pensando isso, ganhou um dinheirinho e foi embora.

P/1 – Pro Rio de Janeiro ou pra São Paulo?

R – Pra São Paulo. Então a minha avó ficou lá. Minha mãe e outra filha, tia minha, trabalhavam nas terras, na lavoura, plantação e criando as meninas. Duas meninas criando elas e meu avô trabalhando aqui – como ele fala –, em...

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