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Por: Museu da Pessoa, 28 de fevereiro de 2004

"Potencial é uma coisa interna, todo mundo traz consigo"

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"Potencial é uma coisa interna, todo mundo traz consigo"

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P/1 – Beatriz, inicialmente eu gostaria que você me dissesse o seu nome completo.

R – O meu nome completo é Beatriz Maria dos Santos Nascimento.

P/1 – Quando você nasceu, Beatriz?

R – Nasci dia 7 de fevereiro de 1946.

P/1 – Onde você nasceu?

R – Em Andaraí, Bahia.

P/2 – Beatriz, você pode me falar um pouquinho da sua família? Seu pai?

R – Meu pai era uma pessoa... Uma figura muito ilustre, porque ele disse que ficou independente desde os oito anos de idade. Ele era o filho mais velho da família dele e o pai dele levava sempre ele consigo quando ia trabalhar. E aí o pai dele teve um surto de doença mental e foi assassinado a tiros. E ele que seguiu comandando a vida dele. Ele aos oito anos de idade já levava um monte de animais de uma cidade para outra, sabe? Era jegue, não é? Que tinha as tropas...

P/2 – Hum... Hum...

R – Pra vender, então levava de um sítio pra outro, ele já sozinho mesmo. Levava, ganhava dinheiro e dava para a mãe dele sustentar os outros irmãos, que tinha também uma turma de crianças menor que ele, bastante. Ele disse que o pai dele quando morreu, morreu novo, aos quarenta e poucos anos, deixou 23 filhos e nada de recursos para nenhum. Então eu acho, achava ele admirável.

P/1 – E o seu pai fazia o quê?

R – Ele fazia de tudo. Quando ele conheceu minha mãe lá em Andaraí, que ele nasceu em Lençóis, morou em Itaberaba... E aí ele viajou lá para Andaraí, conheceu a minha mãe no Andaraí, porque ele foi pra lá para garimpar e pegar diamante na Serra. E lá ele conheceu a minha mãe.

P/1 – Hum... Hum...

R – E então ele era garimpeiro; além de ser tropeiro era garimpeiro, era lavrador, que ele tinha a roça dele, ele plantava mandioca, fazia farinha, criava bichos, cabrito, sabe? Sempre teve criações e eu achava ele muito admirável, muito trabalhador, muito forte. Eu gostava muito do meu pai...

P/1...

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Projeto Museu Aberto

Depoimento de Beatriz Maria dos Santos Nascimento

Entrevistada por Charles e Eduardo

São Paulo, 28/02/2004

Realização: Museu da Pessoa

Entrevista número: MA_HV053

Revisado por Natália Ártico Tozo

P/1 – Beatriz, inicialmente eu gostaria que você me dissesse o seu nome completo.

R – O meu nome completo é Beatriz Maria dos Santos Nascimento.

P/1 – Quando você nasceu, Beatriz?

R – Nasci dia 7 de fevereiro de 1946.

P/1 – Onde você nasceu?

R – Em Andaraí, Bahia.

P/2 – Beatriz, você pode me falar um pouquinho da sua família? Seu pai?

R – Meu pai era uma pessoa... Uma figura muito ilustre, porque ele disse que ficou independente desde os oito anos de idade. Ele era o filho mais velho da família dele e o pai dele levava sempre ele consigo quando ia trabalhar. E aí o pai dele teve um surto de doença mental e foi assassinado a tiros. E ele que seguiu comandando a vida dele. Ele aos oito anos de idade já levava um monte de animais de uma cidade para outra, sabe? Era jegue, não é? Que tinha as tropas...

P/2 – Hum... Hum...

R – Pra vender, então levava de um sítio pra outro, ele já sozinho mesmo. Levava, ganhava dinheiro e dava para a mãe dele sustentar os outros irmãos, que tinha também uma turma de crianças menor que ele, bastante. Ele disse que o pai dele quando morreu, morreu novo, aos quarenta e poucos anos, deixou 23 filhos e nada de recursos para nenhum. Então eu acho, achava ele admirável.

P/1 – E o seu pai fazia o quê?

R – Ele fazia de tudo. Quando ele conheceu minha mãe lá em Andaraí, que ele nasceu em Lençóis, morou em Itaberaba... E aí ele viajou lá para Andaraí, conheceu a minha mãe no Andaraí, porque ele foi pra lá para garimpar e pegar diamante na Serra. E lá ele conheceu a minha mãe.

P/1 – Hum... Hum...

R – E então ele era garimpeiro; além de ser tropeiro era garimpeiro, era lavrador, que ele tinha a roça dele, ele plantava mandioca, fazia farinha, criava...

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