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Personagem: Antonio Jonas Pereira
Por: Museu da Pessoa, 20 de novembro de 2013

"Hoje eu choro com saudades das cartas"

Esta história contém:

"Hoje eu choro com saudades das cartas"

P/1 – Bom, seu Antônio, primeiro eu queria agradecer o senhor estar aqui para conversar com a gente e deixar um relato da tua historia e para começar, eu queria que o senhor falasse o seu nome completo, seu local de nascimento e a data do seu nascimento.

R – Meu nome é Antônio Jonas Pereira, eu nasci no lugarejo, no Sitio Juá, que é um lugar a oito quilômetros da cidade Paraipaba, no estado do Ceará.

P/1 – Vamos só esperar ela parar de falar, senão a gente não consegue ouvir.

R – Então posso continuar, né?

P/1 – Pode continuar.

R – Pois é, naquele tempo que eu nasci, no meu local de nascimento não tinha nem luz elétrica, a gente tinha que usar lamparina à querosene, né, e azeite, os mais antigos usavam azeite na lamparina pra poder clarear a noite. E hoje, é um lugar bem adiantado lá, tem escola em todos os lugar e naquele tempo, os proprietários, pessoal que tinha bens, contratava professores para ensinar os filhos, né? Como eu sou filho de gente humilde, que não tinha condição de contratar professores, ai a gente aprendia assim, aos… vamos dizer assim, palavra bem… aos trancos e aos barrancos, né? Aprendia um pouco, né? E o Correios – posso falar do Correio? – pois é, então, o Correio daquele tempo, que era na cidade, porque a cidade, em 1923 foi… 1923 passou a município, né, era um distrito e passou a município em 1923. Então, quer dizer, tinha Correios, então Correio era… a gente ia botar uma carta no Correio, praqueles pessoal dos lugares distante, a carta vinha aos cuidados de uma pessoa que tivesse renome na cidade, né, por exemplo, as nossas cartas aos nossos familiares lá no Juá vinha aos cuidados da família Taumaturgo, né? Era uma família de renome, como até hoje os descendentes são, né? E se uma pessoa mandasse dinheiro no Correio, vamos dizer, alguém tava no Rio de Janeiro, ai mandava uma… um dinheiro, envelopado, só...

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Dados de acervo

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Projeto Correios 350 Anos

Depoimento de Antônio Jonas Pereira

Entrevistado por Isla Nakano

Rio de Janeiro, 20/11/2013

Realização Museu da Pessoa

BRA_CB009_Antônio Jonas Pereira

Transcrito por Mariana Wolff

MW Transcrições

P/1 – Bom, seu Antônio, primeiro eu queria agradecer o senhor estar aqui para conversar com a gente e deixar um relato da tua historia e para começar, eu queria que o senhor falasse o seu nome completo, seu local de nascimento e a data do seu nascimento.

R – Meu nome é Antônio Jonas Pereira, eu nasci no lugarejo, no Sitio Juá, que é um lugar a oito quilômetros da cidade Paraipaba, no estado do Ceará.

P/1 – Vamos só esperar ela parar de falar, senão a gente não consegue ouvir.

R – Então posso continuar, né?

P/1 – Pode continuar.

R – Pois é, naquele tempo que eu nasci, no meu local de nascimento não tinha nem luz elétrica, a gente tinha que usar lamparina à querosene, né, e azeite, os mais antigos usavam azeite na lamparina pra poder clarear a noite. E hoje, é um lugar bem adiantado lá, tem escola em todos os lugar e naquele tempo, os proprietários, pessoal que tinha bens, contratava professores para ensinar os filhos, né? Como eu sou filho de gente humilde, que não tinha condição de contratar professores, ai a gente aprendia assim, aos… vamos dizer assim, palavra bem… aos trancos e aos barrancos, né? Aprendia um pouco, né? E o Correios – posso falar do Correio? – pois é, então, o Correio daquele tempo, que era na cidade, porque a cidade, em 1923 foi… 1923 passou a município, né, era um distrito e passou a município em 1923. Então, quer dizer, tinha Correios, então Correio era… a gente ia botar uma carta no Correio, praqueles pessoal dos lugares distante, a carta vinha aos cuidados de uma pessoa que tivesse renome na cidade, né, por exemplo, as nossas cartas aos nossos familiares lá no Juá vinha aos cuidados da família Taumaturgo, né? Era uma família de renome, como até...

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