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Personagem: Hanne Lore Kosanovic
Por: Museu da Pessoa, 23 de junho de 2009

"Esse armário acompanhou a família o tempo todo"

Esta história contém:

"Esse armário acompanhou a família o tempo todo"

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P/1 – Primeiro, Hanne, muito prazer em recebê-la, muito obrigada.

R – Eu que te agradeço.

P/1 – Pra começar, eu queria que você falasse seu nome completo, local e data de nascimento.

R – Meu nome de solteira era Hanne Lore Langen Steinhäuser; de casada, Kosanovic. Nasci em Vila Velha, Espírito Santo, na praia, em nove de outubro. É necessário dizer o ano (risos)? 1932.

P/1 – A gente já conversou um pouquinho. Já vi que você tem muitas histórias de antes da sua existência, então acho que a gente vai pra bem longe. Vamos começar dos seus avós; falar o nome deles e pode escolher alguma parte da família pra começar a contar, ou o que você for lembrando, eu vou te ajudando.

R – A família do meu pai vem do Reno, anteriormente perto de Weimar, na Alemanha. Eram intelectuais, compositores, filósofos, escritores. Escreveram partituras interessantes, até pequenas obras. Eram uma família, como se dizia na época, da alta burguesia. A minha avó, por parte de pai, era também do Reno, perto da Holanda, onde nasceu também o meu pai. Eles se chamavam Steinhäuser, de sobrenome.

Os avós maternos eram franceses; fugiram, durante a Guerra dos Trinta Anos da França, da Gascogne para a Bélgica, para a cidade de Bruges, famosa cidade que você conhece. Eram fabricantes de tecidos e trouxeram consigo muitos móveis lindos. Você sabe como essa Guerra dos Trinta Anos foi uma coisa terrível, um guerra de religião. Eles eram huguenotes, quer dizer, eram protestantes e os católicos os perseguiam. E eles levaram, entre outras coisas, o armário feito na época da Renascença, na época em que o Brasil foi descoberto, 1580. Um armário todo em carvalho, intarsiado… Você vai ter a foto aí, uma história interessante. Eles pintaram de vermelho, pra que não fossem roubados durante a viagem. E realmente, tudo o que eles tinham de bens, de móveis maravilhosos, tapetes, pratas, tudo foi roubado quando eles...

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Ponto de Cultura

Depoimento de Hanne Lore Kosanovic

Entrevistada por Giselle Rocha

São Paulo, 23/06/2009

Realização: Museu da Pessoa

Entrevista nº PC_MA_HV186

Revisado por Genivaldo Cavalcanti Filho

P/1 – Primeiro, Hanne, muito prazer em recebê-la, muito obrigada.

R – Eu que te agradeço.

P/1 – Pra começar, eu queria que você falasse seu nome completo, local e data de nascimento.

R – Meu nome de solteira era Hanne Lore Langen Steinhäuser; de casada, Kosanovic. Nasci em Vila Velha, Espírito Santo, na praia, em nove de outubro. É necessário dizer o ano (risos)? 1932.

P/1 – A gente já conversou um pouquinho. Já vi que você tem muitas histórias de antes da sua existência, então acho que a gente vai pra bem longe. Vamos começar dos seus avós; falar o nome deles e pode escolher alguma parte da família pra começar a contar, ou o que você for lembrando, eu vou te ajudando.

R – A família do meu pai vem do Reno, anteriormente perto de Weimar, na Alemanha. Eram intelectuais, compositores, filósofos, escritores. Escreveram partituras interessantes, até pequenas obras. Eram uma família, como se dizia na época, da alta burguesia. A minha avó, por parte de pai, era também do Reno, perto da Holanda, onde nasceu também o meu pai. Eles se chamavam Steinhäuser, de sobrenome.

Os avós maternos eram franceses; fugiram, durante a Guerra dos Trinta Anos da França, da Gascogne para a Bélgica, para a cidade de Bruges, famosa cidade que você conhece. Eram fabricantes de tecidos e trouxeram consigo muitos móveis lindos. Você sabe como essa Guerra dos Trinta Anos foi uma coisa terrível, um guerra de religião. Eles eram huguenotes, quer dizer, eram protestantes e os católicos os perseguiam. E eles levaram, entre outras coisas, o armário feito na época da Renascença, na época em que o Brasil foi descoberto, 1580. Um armário todo em carvalho, intarsiado… Você vai ter a foto aí, uma história interessante. Eles pintaram de vermelho,...

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