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Personagem: Maria Cristina Pires
Por: Museu da Pessoa, 31 de agosto de 2020

"A música é minha alma"

Esta história contém:

"A música é minha alma"

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Meu nome é Cristina Pires, sou nascida aqui em São Paulo capital e nasci em 23 do onze de 1961.

Eu fui crescendo e tudo mais, e gostava de baile, eu sempre gostei de música, desde criança. Então eu ia pros bailinhos onde ninguém podia entrar, porque eu sempre tive carinha de mais velha, então eu entrava nas matinês que tinham ali perto do Mandaqui mesmo. Fazíamos festas em casa, depois no próprio Mandaqui, mas em outra casa, fazíamos bailes e aprendi dançar samba-rock, através dos amigos da minha irmã. Eu era pequena, mas eles me ensinavam e eu dançava com eles.

Eu gostava de ouvir música. Eu sempre gostei de música e eu cantava, mas eu era criança, cantava com o rádio. Nunca cantei… Eu passei a cantar já depois de velhinha, em 2012, quando eu comecei a cantar profissionalmente. Eu sempre gostei de participar de roda de samba, então no meio da roda de samba, eu sempre ficava de pé, cantando junto com os músicos, mas não cantando profissionalmente, acompanhando na roda. A partir de 2012 que eu comecei a cantar profissionalmente; quando eu fui em um barzinho de um amigo meu e aí tava todo mundo cantando… E o samba, ao invés de ir para cima, o samba estava caindo, estava indo para baixo, eles estavam sentados do lado de fora do bar. E eu falei para ele: “Como é? Vai ficar esse negócio? Tá horrível! O samba, ao invés de estar indo para cima, está indo para baixo!” E aí eu falei: “Desse jeito até eu canto”.

Ele pegou o microfone e deu na minha mão e eu falei: ”Então vou cantar, e eu não vou ser ameaçada”. Eu peguei o microfone e fui. Não sabia tom, não sabia nada. Fui com a cara e a coragem. Sabia a música e falei para os meninos a que eu queria cantar e quando terminei, todo mundo gostou; bateram palmas, elogiaram e daí para frente eu comecei. Fui buscando aprender a cantar, participei de coral. Hoje eu faço um pouco de violão, cavaquinho, mas estou estudando ainda. Sai...

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P/1- Então Cris, para gente começar, gostaria que você se apresentasse, dizendo seu nome completo, data e local de nascimento.

R- Meu nome é Cristina Pires, sou nascida aqui em São Paulo capital e nasci em 23 do onze de 1961.

P/1- E quais os nomes dos seus pais?

R- Meu pai Custódio Pires e minha mãe Amélia de Oliveira Pires. Os dois já falecidos.

P/1- E você sabe quais eram as atividades profissionais deles?

R- A minha mãe foi empregada doméstica, muito tempo na vida dela e depois ela passou a ser funcionária pública, através de uma ajuda, ela passou a ser funcionária pública. E meu pai sempre foi pintor, pintor de casa.

P/1- E como era a relação de vocês?

R- Não era muito boa a relação, porque meu pai infelizmente bebia muito e aí, por conta da bebida, ele batia, entendeu? Ele fazia toda aquela arruaça, né? Então não foi uma infância muito boa. Só que eu sou a caçula de três irmãs e a caçula é sempre o xodozinho né? Então ele me levava pra onde ele ia: pro bar, né? E a minha mãe sempre foi junto.

E com seis anos de idade ele tentou matar minha mãe e aí foi a separação de vez. E depois, ele foi morar com outra pessoa, fazer a vida dele e eu fiquei morando eu minhas irmãs e com a minha mãe, aqui em São Paulo mesmo, na Zona Norte, que é onde eu moro hoje, que é no terreno onde eles construíram a casa. Hoje os filhos dividem essa casa. Eu tenho mais uma irmã que tem a vida dela na Zona Leste e moro eu e meu filho na minha casa e os filhos de outra irmã, que já faleceu também, moram na outra casa, dentro do mesmo quintal, que era a casa dos meus pais.

P/1- E você se lembra desse episódio do seu pai com sua mãe?

R- Lembro muito, muito. Era muito triste. Minha mãe sempre foi guerreira, sempre trabalhou, sempre fez tudo que pôde para nós, eu e minhas irmãs. E meu pai não era a mesma coisa. Depois de muito tempo acho que caiu a ficha dele e tentou mudar a sua vida, mas já velho, sem mais muita...

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